A mais recente pesquisa sobre álcool e fumo saiu há uma semana e não deixa dúvidas: entre as drogas que viciam, os dois são as maiores ameaças à saúde e ao bem-estar das pessoas. O estudo foi divulgado pela “Addictionâ€, uma publicação da Society for the Study of Addiction que existe desde 1884. Os pesquisadores reuniram a informação global disponÃvel sobre a utilização de substâncias lÃcitas e ilÃcitas e sua associação a mortes e doenças.
Em 2015, o
uso abusivo do álcool alcançava 18.3% dos adultos (pelo menos um episódio de
bebedeira pesada nos últimos 30 dias). Um em cada sete adultos fumava diariamente.
Para as demais drogas, os percentuais eram bem mais baixos: 3.8% para maconha;
0.77% para anfetaminas; 0.37% para opioides; 0.35% para cocaÃna. Os Estados
Unidos e o Canadá apresentaram as maiores taxas de dependência de maconha,
cocaÃna e opiáceos, ao passo que Austrália e Nova Zelândia tinham Ãndices mais
altos de consumo de anfetaminas.
Nesta quinta-feira (17) é lembrado o Dia Mundial da Hipertensão, que atinge um em cada cinco adultos, e o uso de álcool e tabaco é fator de alto risco para o desenvolvimento da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza uma métrica chamada Disability-adjusted Life Year (Daly) que pode ser explicada da seguinte forma: um Daly é o equivalente a um ano de vida saudável que foi perdido. A soma de todos os Dalys na população representa a distância entre o nÃvel de saúde daquelas pessoas e uma situação ideal na qual elas viveriam até uma idade avançada, sem enfermidades ou incapacidades.
De acordo
com o estudo, álcool e fumo custaram à humanidade mais de 250 milhões de Dalys,
enquanto as drogas ilÃcitas responderam por algumas dezenas de milhões. Em
números absolutos, o problema é mais grave na Europa, mas as taxas de
mortalidade são maiores em paÃses de renda baixa ou média – onde nem sempre há
dados confiáveis disponÃveis.
Fonte: G1